Ao ler esta história na Caixa de Costura lembrei-me de uma história parecida que aconteceu comigo. Mas no meu caso a pessoa não adormeceu pelo excesso de conversa (até porque não chegou a haver conversa).
Então foi assim:
Cheguei a casa depois de deixar a pessoa em causa (vou-lhe chamar piloto a partir de agora para facilitar) na sua própria casa e prometer que ligava a avisar que tinha chegado bem.
Liguei do meu telemóvel para o do piloto e tivémos a seguinte conversa:
Piloto - Já chegaste a casa?
Eu - Acabei de chegar.
Piloto - Então eu ligo-te para casa. Até já.
Eu - Ok. Até já.
Logo de seguida toca o telefone de casa e eu demoro no máximo dois segundos a atender (apenas o tempo de ir da cozinha à sala).
Levanto o auscultador e digo "Estou" e do outro lado nada.
E eu "Estou? Piloto?" e do outro lado ainda nada.
Começo a ficar irritada e digo "Eu desligo-te o telefone!"
E desligo furiosa.
Volto a levantar o auscultador de seguida e a linha continua ocupada mas sem ninguém responder aos meus "Estou? Estou?".
Só na manhã do dia seguinte é que eu conheço a história. Parece que o piloto marcou o meu número e adormeceu nos dois segundos que eu demorei a levantar o auscultador. E ainda me acusou de demorar muito a atender.
Acham normal?
A partir daí sempre que me tocavam à campaínha e eu desconfiava que era ele ia a correr para garantir que não adormecia encostado ao intercomunicador da porta.