Porque ter filhos não nos transforma em mulheres perfeitas e eu desconfio que quando os tiver serei tão imperfeita como agora:
"como as outras mães
Gostava de ser como as outras mães. Invejo-as. Àquelas cujos filhos são um projecto de vida, que cumprem com rigor profissional. Que nunca falham a natação das meninas, com as suas toucas rosa e os chinelinhos a condizer, nem o judo dos meninos, com os seus quimonos imaculados e os cinturões na cor certa; que perdem com gosto fins-de-semana de passeio para torneios, exibições e concertos (mais os respectivos ensaios gerais); que sabem de cor o nome das vacinas contra a gripe e contra a meningite; que cumprem escrupulosamente o calendário de vacinação e não recebem em casa avisos do posto de saúde da área de residência; (...)
(...) Gostava de ser como as outras mães, que não têm justificar na caderneta dos filhos os atrasos da manhã e que não acordam mal-dispostas. Gostava que eles tivessem o pequeno-almoço a fumegar mal entrassem na cozinha e eu, a recebê-los, sorridente, e não esta amostra de ser humano que sou quando me levanto, a queimar as torradas e a entornar o leite que despacho no micro-ondas. (...)"
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