Rescaldo de uma noite eleitoral que surpreendeu alguns e para outros foi o que se previa.
O discurso dos vencedores foi mais do mesmo (nada de novo).
O discurso do pequeno perdedor foi o de assumir como derrota pessoal uma derrota não tão expressiva como isso (foi, para mim, o melhor de todos os discursos).
O discurso do grande perdedor foi mais uma vez o de alguém que não quer ver o que se passa à sua volta. Foi culpado o Presidente da República. Foram culpados os dirigentes do partido que não apoiaram a campanha. Foi culpado o anterior primeiro ministro. E no meio de todas as culpas, foi dito que era uma derrota pessoal sem culpa. E mesmo depois de ter havido uma demissão (com muito menos culpa), o Pedro continua a achar que os maus é que são os culpados e que ele é um infeliz.
Ah! É claro que fomos brindados por um discurso de culpa do sistema (que elege deputados ilegalmente) e de culpa das grandes forças de Lisboa.
O pior cego é mesmo aquele que não quer ver.