(peço imensa desculpa pelo atraso mas ontem foi dia de reuniões e não foi possível continuar a saga)
30 minutos depois chegou o nosso salvador (pelo menos era o que achávamos nessa altura). Começou por fazer exactamente o que nós cinco tínhamos feito, que foi tentar abrir a porta com a chave. E tentou durante uns dez minutos, até que perguntou à Veruska:
- A sra desculpe, eu não quero duvidar de si (acho que ele deve ter ouvido a Veruska a discutir ao telefone) mas podia jurar que esta chave não é desta porta.
Explicou-nos muito bem o funcionamento das fechaduras e das chaves e como aquela não podia ser daquela porta mas que não estava partida nem exista outra do lado de dentro (sempre com um olhar furioso da Veruska dirigido a ele). Chegou à conclusão que não ia conseguir abrir a porta assim e foi então buscar as ferramentas (finalmente!). Tentou abrir a porta com uma radiografia, mas como estava trancada não conseguiu. Depois tentou com umas ferramentas (mas como não era ladrão) não conseguiu. Chegou à conclusão de que tinha que estragar a fechadura para poder abrir a porta, mas que não sabia se encontrava até terça-feira uma fechadura do mesmo estilo. Ou seja, iríamos ficar sem fechadura durante o fim de semana.
O pai da Veruska, com algum amor inexplicável à porta e à fechadura, não quis que se estragasse nenhuma delas e "mandou-nos" arranjar um sítio para dormir (ou então sabia que tinha trocado a fechadura e se tinha esquecido de avisar).
Então lá pagámos o serviço de consultoria em chaves e fechaduras e com indicações do nosso amigo "Só Ligar" fomos à procura de um aparthotel não muito caro (acho que ele pensou que não tínhamos dinheiro para ir para um hotel de luxo e ainda estou para saber se era pelo meu cabelo estar à bruxa). Vou resumir esta parte, mas a verdade é que andámos por Vilamoura e Quarteira de aparthotel em aparthotel, sempre com indicações de uns para outros de que estaria a recepção aberta e sem esta nunca estar. Enfim, a verdade é que finalmente encontrámos um sítio para ficar às 3h00 e era, nem mais nem menos, que o hotel Atlantis em frente ao casino (5 estrelas que nós não fazemos por menos).
Fomos então colocar as malas no hotel e rumámos à discoteca para beber um copo.
Aqui correu tudo bem e quando adormecemos chegámos a acreditar que já tinham acabado as peripécias.
No dia seguinte, tomámos um pequeno almoço gigante (sim, que eu continuo a comer que nem uma desalmada por causa da falta de nicotina) e lá fomos para os apartamentos novamente para testar a chave do pai da Veruska que a irmã trazia de Lisboa (claro que antes ainda ficámos provisoriamente noutro apartamento emprestado).
Agora adivinhem!
A chave não tinha nada a ver! O que quer dizer que a Vera se enganou na chave (ela que não me ouça) ou o pai se esqueceu de lhe contar que trocou a fechadura (existe também uma teoria do nosso amigo "Só Ligar" que sugeriu que quem fez obras na casa pode ter trocado a fechadura e não ter avisado). Estou em pulgas para saber se a outra chave existente é igual à da Vera ou não.
(o resto da aventura conto amanhã que o relato já vai longo)