29/04/2005

Uma Aventura dos 5 no Algarve (Capítulo III)

Ontem acabei com a informação de que tínhamos uma nova chave diferente da anterior, e lá fomos para o apartamento todos contentes.
Quando entrámos em casa estava um cheiro estranho, que eu prontamente sugeri ser dos canos.
No entanto ao abrir o frigorífico reparámos que este estava desligado e percebemos que todo o quadro estava desligado.
Ok, pensámos nós, o cheiro é do frigorífico. Vamos deitar as manteigas fora e já passa o cheiro.
Mas as manteigas só estavam rançosas, não cheiravam assim tão mal.
Então, o que é que eu pensei? Deve ser alguma coisa no congelador.
E abri a porta do mesmo. Ia desmaiando e morrendo com o cheiro.
Não imaginam o cheiro nauseabundo que pode sair de um congelador desligado à mais de dois meses e que lá tem dentro, entre outras coisas (sim porque eu não consegui ver tudo o que lá estava), caixas de gelado derretido, água que já foi gelo, bacalhau, rissóis e biifes. Tudo isto num estado de podridão elevado e com mosquitos a voar por ali.
E pensámos nós: Mas o que é que nos vai acontecer mais?
Lá tivémos que fazer uma operação limpeza completa ao frigorífico com todos os detergentes à mão, e colocar todas as gavetas do congelador de molho na banheira, com a tarefa inicial de tirar tudo para sacos (vários de cada vez) e de os levar para o contentor mais longe.
Depois de tudo limpo, arejado e bem cheiroso (umas horas depois) fomos cozinhar o jantar.
Jantámos, e durante o jantar até dissémos, não nos pode acontecer mais nada hoje.
Estávamos enganados!
Pois, podem não acreditar, mas quando saímos de casa para beber um café, entrámos no elevador e ele apenas desceu um andar e meio (acho que por excesso de peso que ele apenas detecta depois de estar em movimento).
Quem me conhece sabe que eu odeio sítios fechados e que a Veruska não gosta muito de elevadores pois já tinha ficado presa mais que uma vez.
O que fazer? Além de rir à gargalhada por causa dos nervos (eu mesma) ou pingar das mãos (a Veruska)?
1º Tentar que o elevador volte a andar
2º Carregar no botão que apita a ver se nos ouvem
3º Ligar para o número que lá está no elevador
Fizémos tudo isto e fomos informados que alguém nos ia ligar para explicarmos melhor qual o edifício (sim, que a Vera ainda não sabe qual o nome do edifício nem o número).
Enquanto esperámos tivémos a companhia de um vizinho que, depois de ir à casa das máquinas perceber se conseguia fazer alguma coisa, nos deu o número de telemóvel e foi para casa dizendo que se precisássemos de alguma coisa que telefonássemos.
E pronto esperámos mais um pouco até que chegou um rapaz que, começou por abrir a porta olhar para nós e voltar a fechar a porta para ver se o elevador descia (isto tudo com o nosso ar de espanto por não nos deixar sair logo).
Lá nos deixou sair e desapareceu em dois segundos (eu julgo que devemos ter interrompido qualquer coisa importante que ele estava a fazer).

E pronto, aqui acabaram realmente as peripécias. Perto da meia-noite de dia 23, depois de terem começado um pouco depois das zero horas do mesmo dia.

Digam-me lá se isto não foi a inveja de alguém a trabalhar?